Na penúltima segunda-feira(19) morreu Kim Jong-il o "líder" do país mais fechado do mundo, a Coréia do Norte.Unida geograficamente, mas separada politicamente da Coréia do Sul, a Coréia do Norte não é tão diferente de outros regimes ditatoriais que já se instalaram no mundo.
Observando seus processos e suas histórias lembramos de regimes como o de Saddam Husein no Iraque e Muamar Kadafi na Líbia, entre outros. Onde seus protagonistas passavam a imagem de "deuses" ostentando imagens suas por todo o país, bustos, estátuas e tudo que se pode imaginar para mostrar sua "majestade". Na Coréia do Norte também ocorreu desta forma, o partido comunista se instalou no país através do pai de Kim Jong-il(Kim Il-sung) e apartir daí começou aquilo que é característico de todo regime totalitarista, neutralizou de forma agressiva qualquer oposição ao seu governo, tomou para o estado o controle total dos meios de comunicação e através disto faz uma extrema lavagem cerebral no povo norte-coreano. Kim Jong-il é chamado em seu país de "Amado Líder", uma expressão criada pelo regime para deixar uma imagem carinhosa do "líder" norte-coreano e também posicioná-lo numa imagem de devoção por parte a população norte-coreana.
Para se ter uma ideia da gravidade desta situação, em cada estabelecimento público do país e até na residência dos civis há um quadro, ou imagem de Kim Jong-il onde o povo deve se curvar e reverenciá-lo como se fosse uma divindade. O "amado líder" também é apreciador de gastronomia sofisticada, charutos cubanos, ou seja, enquanto Kim Jong-il e sua família gozam do que há de melhor a população norte-coreana vive na miséria.
O canal National Geographic produziu um documentário sensacional chamado " Inside: Undercover North Korea"(que na minha opinião foi um dos registros mais bem detalhados do que se passa realmente dentro da Coréia do Norte) no qual uma repórter se infiltrou no país, junto a alguns médicos estrangeiros chamados pelo governo, com câmeras escondidas e registrou como vivem e sofrem a população norte-coreana. Outro fato intrigante é a forma como o governo trata seus cidadãos, por exemplo, se um norte-coreano conseguir sair do país ele fatalmente saberá que seu pai, sua mãe, seus irmãos serão mortos pelo governo.O país é tão fechado para o resto do planeta que existem poucas imagens, ou quase nenhuma, imagem de dentro do país e o controle de estrangeiros é bem rigoroso. Abaixo um vídeo mostrando a reação do povo norte-coreano depois da notícia da morte do "amado líder":
Vale ressaltar que as imagens divulgadas por todas as redes de televisão foram feitas pela TV estatal, pois ninguém tem permissão para entrar e sequer filmar dentro do país.
